Paradoxo



Que paradoxo é essa vida
Vida simples e complicada
Vida fácil e complexa
Em um minuto sabemos tudo
E em um segundo sabemos nada.

Que paradoxo é essa vida
Cinza e multicolor
Vida quente, vida fria
Perto, longe
Alivio e dor.

Nascemos, morremos
Lutamos, ganhamos...
Perdemos.
Amamos
E a morrer...
Voltamos.

No silêncio da noite



No silêncio da noite
o vento passa devagar
para não romper a calmaria,
e na sua passagem poder escutar
as palavras ditas com a alma,
sem ser pronunciadas,
faladas baixinhas
com um singelo olhar,
escritas pequenas
com letras invisíveis.

No silêncio da noite
o vento passa devagar
e testemunha o que ninguém viu.
O riso sem motivo,
o choro sem tristeza,
a distância sem medidas,
o segredo revelado
para a luz da lua
e a penumbra da noite.

Singular



Perdido
Vencido
Ao tempo
Ao vento
Ao lento
Sem meia
Nem grandes
Palavras.
Apenas
Alguns
Pensamentos
Que correm
Que morrem
Mas não
Me dizem
Mais nada.

Distância



Sua distância
Deixa-me perto do vazio
Cheio de angústias e sonhos,
Sonhos de uma realidade utópica
De enchentes de contradições,
De estiagens de amor.
Uma distância
Sem medidas
E medida todos os dias
Uma distância
Sem tamanho
E maior do que o próprio pensamento
Uma distância
Invisível, indescritível e indolor
Que de ver pude escrever
E de ler pude sentir.

O dia que não passava



Em um distante lugar
Vivia um homem normal
Que se contentava em observar
A repetição natural
Do tempo passar
Sempre todo igual.

Observava pela janela
A vida se repetir
Aquela coisa bela
Que muitos diziam ali
Mal sabia a cidadela
Que ele não conseguia dormir.

Não era uma doença
Ou um medo exagerado
Não era uma crença
Ou algo relacionado
Era apenas a presença
Do tempo parado.

E lá ele ficou
Até não poder mais
E num colapso observou
O que ficou pra trás
Que o tempo não parou
Ele que observou demais.
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